Na Luz do Espiritismo. - Raios do Amanhecer

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Na Luz do Espiritismo.



Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=efk7UvYkLIU


Corrente de Preces:


Nome: Maria Elena G. Rios
Dificuldade: Amor e pendências materiais


Nome: Francisco Cruz de Oliveira
Dificuldade: Graves problemas de saúde




Nome: Laudiceia de Oliveira
Dificuldade: Problemas familiares






Nome: Faustino Esteves
Dificuldade: Desencarnado à um mês




Nome: Luiz Paulo Marcondes Machado de Barros
Dificuldade: Necessita de orações para poder ajudar seus filhos




Nome: Paulo de Barros
Dificuldade: Sofre a perda de entes queridos




Nome: Alexandre Barbosa Junior
Dificuldade: Problemas de saúde e profissionais




     
Que possamos orar de 5 a 10 minutos diários pelos nomes acima,certos do imenso poder que existe da oração,que supera tudo,alcança tudo,para que assim estes irmãos sintam a paz por meio deste amor que vem de Jesus.Ficamos felizes em ajudar!


     Olá meus amigos,feliz deixo mais esta mensagem,que pensemos sempre positivo,que nos sintamos bem e felizes,apesar das dificuldades dos acontecimentos que nos surgem no caminho,tenhamos uma pensamento confiante cheio de luz por meio de Deus e da espiritualidade amiga,para que assim se faça em nossa consciência uma nova forma de encarar a vida e o que passamos,pois a resposta e pode de Deus habita em nossos espíritos.
      Que nos descubramos capazes e que por meio das experiências que nos permitem a reparação dos erros cometidos,possamos aceita-los com resignação e coragem,felizes pela oportunidade de aqui estarmos reunidos mais uma vez para estudar e relembrar tudo aquilo que por vezes insistimos em esquecer,fazendo com que a tão sonhada felicidade se distancie,pela nossa falta de esforço e da certeza de que tudo aquilo que foge do evangelho nunca nos fará feliz.Somente isto pode nos trazer uma realização eterna,livre de toda ilusão que faz sofrer.
      Tudo deve ser visto com gratidão,para que por meio de determinadas situações mais rápidos  vivamos o tão sonhado momento em que seremos anjos,viajaremos pelo universo sublime,fonte de maravilhas ainda tão desconhecido por todos nós e é que pela força do pensamento levaremos esta luz ao nos tornamos um só com Deus.
      Tenhamos a paz nas palavras do mestre Jesus.Tenhamos a certeza de que tempo que tudo renova,cura e nos faz entender que nada ao redor muda,apenas você muda e descobre que tudo que queria estava ai o tempo todo em seu coração.Tudo assim se faz vida neste recomeço nos fazendo descobrir o imenso potencial adormecido em nós e a criança que deve ser despertada em nossos corações.
     
Se quisermos mudar a realidade de algo nesta vida,devemos antes de tudo mudarmos a nós mesmos,enchendo nossos dias com atitudes de renovação,demostrações de respeito e fidelidade ao amor,sendo assim o diferencial na vida daqueles que nos cercam.Nenhuma situação por mais triste que possa parecer mudará com indignações de nossa parte,o mundo precisa de pessoas dispostas a se renunciarem pelo que é certo e justo,pelo bem comum.
     Dar testemunho de sua coragem e de seus bom exemplos são a melhor maneira de se ensinar alguém.Enquanto tentarmos viver a vida do outro,querendo que o outro seja de acordo com nossas próprias ideias,nunca seremos felizes,pois nos decepcionaremos,esquecendo que o maior amor é aquele que nasce da liberdade e da aceitação do que o outro de fato é.
     A partir de nossa mudança tudo muda,nosso olhar passa a ver tudo de uma maneira diferente,muitas vezes nada ao nosso redor se modifica,mas é o nosso modo de olhar para isto que se ver transformado com o tempo.Vivamos a reforma intima,buscando se conhecer,questionando a vida,fazendo uma auto analise daquilo que fazemos conosco e para com os outros.
     Abramos a porta da humildade e alcançaremos a liberdade que tanto queremos.Nós somos o mundo e o construímos também,sempre devemos ter na consciência de que somos um todo e de que nossa parte é fundamental para deixar para futuras gerações um mundo sustentável,aonde os direitos são levados a serio e a religião deixa de ser causas de tantas diferenças e discurssoes para ser espaço da fraternidade real.
      Somos filhos do mesmo amor,da mesma luz na qual seu sorriso e as opiniões devem ser respeitadas assim como gostaríamos que ocorresse conosco.Cada qual tem um tempo para despertar e entender certos mistérios da vida,entre eles o interesse pela vida espiritual,o fazendo se desapegar cada vez mais das sombras ilusórias ainda presentes no mundo.
      Quanto mais se avança por este caminho maior a responsabilidade e consequentemente suas ações se tornam compreensivas e com compaixão para com seus irmãos em que permanecem dormindo.As palavras facilmente se perdem,assim como as folhas levadas ao vento,mas o que verdadeiramente ficará marcado em nós,é a vivencia daquilo que somos realmente e aprendemos,deixando por onde passamos flores  nos corações de quem devemos amar.
     Vivendo aquilo que pregamos,abraçando as diferenças sociais e construindo um lugar aonde exista de fato a igualdade perante a todos.Aceitemos a vida como ela é,agradecendo as oportunidades que nos chegam para refletir sobre nosso posicionamento real diante a vida.Somente o amor pode salvar alguém da ilusão que ela mesmo cria,Deus é este amor que um dia fará todos as nações se unirem nesta única verdade que nos faz caminhar ao seu encontro sublime.


Autoria: André Galindo Moura






Irmãos em perigo

Os que pretendem transformar o próximo, de um dia para outro a golpes verbais.


Os que descobrem pareceres inteligentes e bons conselhos para todas as pessoas, distraídos dos problemas que lhes são próprios.


Os que colocam a mente em outro mundo, a maneira absoluta, sem atender aos deveres do mundo em que respiram.


Os que permanecem incessantemente preocupados em se defenderem.


Os que reconhecem a grandeza das verdades divinas, mas jamais dispõem de tempo para cultivá-la, em favor da própria iluminação.


Os que adiam indefinidamente para amanhã o serviço da compreensão e do amor ao próximo.


Os que se sentem senhores exclusivos de todos os trabalhos no campo da caridade, sem distribuir oportunidades de serviço aos outros.


Os que declaram perdoar a ofensa, mas que nunca conseguem esquecer o mal.


Os que encontram ensejo de se entediarem da vida.


*  *  *


André Luiz


(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)




ITENS  DA  FRATERNIDADE  EM  JESUS



Bezerra de Menezes

                  
                Filhos, o Senhor nos abençoe!
         O trabalho de conscientização em Cristo é serviço pioneiro no Plano Físico, porquanto relaciona atividades, ou melhor, as atividades fundamentais do espírito desencarnado quando se reconhece defrontado pela grandeza da vida, perante o mais além.

                                                                                 * * *
         O tempo é o principal fator de aferição de quaisquer aquisições que se façam nesse terreno, de vez que o tempo é o agente silencioso que preside o crescimento, a evolução e a maturação das sementes de renovação do mundo interior de cada um de nós, para que nossos recursos se descerrem plenamente ao sol do trabalho para o engrandecimento da vida em nós e fora d e nós.

                                                                                 * * *
         Em vista do exposto, comecemos por apresentar as figurações ou idéias-sínteses, destinadas a acordar as nossas consciências à plena luz da imortalidade.

         Enumeraremos algumas dessas indicações básicas para nosso aproveitamento:

                                                                                 * * *
01 –Em toda questão difícil, indagar de nós mesmos o que faria Jesus em nosso lugar.

02 –Aceitar-nos por parte da família universal de Deus, na mesma moradia terrestre, moradia que permanece integrada no Plano Cósmico, à maneira de um conjunto residencial, renteando com inúmeros outros na Criação Divina.

03 –Cada criatura é um mundo por si, com leis e movimentos próprios, que nem sempre se harmonizam com os nossos.

04 –Ser-nos-á obrigação clara e simples aceitar os outros tais quais são, tanto quanto desejamos ser aceitos como somos, ante a consideração alheia.

05 –Reconheçamos a verdade de que todo bem e todo mal de que nos façamos autores para o que nos cercam, apresentarão, hoje, amanhã ou depois de amanhã, o somatório das bênçãos ou dos males de que tenhamos sido a causa.

06 –Atendendo-se à realidade de que somos psicologicamente diferenciados no campo geral da existÊncia, respeitar sempre as necessidades ou os problemas do próximo, já que, por enquanto, não conseguimos desvencilharmo-nos dos nossos, no sentido imediato dessas palavras.

07 –Cada qual de nós neste justo momento está no melhor lugar, na melhor posição, na melhor tarefa e com os melhores companheiros que sejamos capazes de usufruir com o necessário proveito.

08 –As condições do berço e da família, do grupo social e dos compromissos que venhamos a assumir com outra pessoa ou com outras pessoas são áreas de dever a cumprir que não nos será lícito esquecer ou menosprezar sem danos para nós mesmos.

09 –Admitirmos sem discussão o imperativo de tolerância para com os outros, tanto quanto precisamos ou desejamos ser tolerados em nossa estrada comum.

10 –O trabalho, seja na condição de atividade profissional ou na prestação de serviço desinteressado aos nossos irmãos do caminho diário, é a nossa escola permanente, de cujos ensinamentos não nos serão lícito desertar.

11 –Desculpar quaisquer ofensor de que nos julguemos vítimas, esquecendo esse ou aquele atrito que nos tenha colhido em más regiões de influência, com absoluto esquecimento dos desajustes havidos, para que a espontaneidade na prática do bem, seja em nós ou fora de nós, não sofra qualquer prejuízo.

12 –Entendendo-se que cada criatura se encontra no lugar que lhe é próprio, não nos permitirmos apreciações apressadas ou errôneas em torno dessa ou daquela pessoa.

13 –Abolir a queixa da conversação, na certeza de que se, porventura, tivermos alguma razão para essa ou aquela reclamação quanto aos outros, é possível que aqueles de quem nos queixamos, talvez possuam motivos mais fortes para se queixarem de nós.

14 –Ajustar-se à família à maneira do outro entregue ao cadinho, para que se lhe promova a purificação.

15 –Regozijarmo-nos com o progresso alheio, na convicção de que o êxito nos visitará igualmente, na medida em que nos esforcemos por obtê-lo.

16 –Nunca olvidaremos, em matéria de afeição, que a renúncia a quaisquer alegrias decorrentes de conjunções prematuras será sempre superior a qualquer vitória passageira nos domínios da posse.

17 –Fixar o lado melhor das pessoas e dos acontecimentos, para que o lado sombrio desapareça naturalmente.

18 –Rejubilarmo-nos com aquilo que tenhamos ao nosso dispor, sem preocupação por obter o que talvez quiséssemos.

19 –Saber sorrir tanto nas horas de contentamento, quanto naquelas outras em que as inquietações estejam conosco.

20 –Abstermo-nos de gastar com a irritação, o tempo e os recursos da vida com reações desnecessárias e incompatíveis com o nosso dever de acompanhar o Divino Mestre.

21 –Não desconhecer que, muitas vezes, contra nós próprios, ser-nos –á necessário ouvir as opiniões de companheiros e acata-las, considerando o benefício geral e não os nossos próprios interesses pessoais que nos cabe sofrer, para que a felicidade dos outros nos favoreça com a alegria de ver os outros felizes e abrindo, com isso, novas estradas no campo íntimo que nos visem a melhoria e a paz, a compreensão e o bom ânimo.

22 –Habituarmo-nos a enxergar nos companheiros de experiência terrestre a parte melhor que apresentem, a fim de que nenhum deles perca o incentivo de agir e servir, trazendo a quota de seus esforços no bem para a felicidade do grupo a que nos vinculamos.

23 –Auxiliar para o bem geral em todo tempo, mas escolher o tempo adequado para tratar dos problemas difíceis e dos casos graves com os irmãos neles envolvidos.

24 –Exerçamos a paciência sem limites.

25 –Aceitar o amor que Jesus nos ensinou e nos legou por esquema a ser cumprido nas menores ocorrências do nosso campo de ação.

26 –Começar de nós mesmos o serviço de conscientização, transferindo-o em seguida às pessoas que nos sejam particularmente queridas e, logo após, transmiti-lo aos grupos humanos em geral.

                                                                                 * * *
         Estes são alguns dos itens que, em outra ocasião, ser-nos-á possível desenvolver em nosso próprio benefício,
         Que o Senhor nos ampare e nos abençoe sempre são os votos reconhecidos.



(Mensagem recebida em Uberaba, Estado de Minas Gerais, em 16 de agosto de 1983).


Da Obra  “União Em Jesus” – Espíritos Diversos –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier




Atualidade do Espiritismo


Martins Peralva


Deus quer que o homem pense nele, mas não quer que só nele pense, pois que lhe impôs deveres a cumprir na Terra. (“0 Livro dos Espíritos”, capítulo II da parte III.)


Os Espíritos encarregados da Codificação doutrinária forneceram a Allan Kardec preciosas instruções sobre o tema “Vida Contemplativa”, instruções que o sábio lionês inseriu no livro básico do Espiritismo.


É certo que o homem tem, de modo mais ou menos geral, relativa inclinação para o misticismo, excluídas, evidentemente, as tradicionais exceções da regra.


E, essa tendência, ainda bem generalizada em nosso tempo e em todos os climas e latitudes, tem feito que muitas criaturas, de ambos os sexos, se consagrem a uma vida em excesso contemplativa, desperdiçando, assim, valiosa cota de tempo, o que equivale dizer: enterrando, lamentavelmente, os talentos que a Divina Bondade lhes confiara através da existência física.


Este despretensioso artigo tem o objetivo de acentuar a manifesta atualidade do ensino espírita em face do momentoso tema “adoração a Deus”, embora devamos ressaltar que essa atualidade também se observa no que diz respeito a outros ângulos do conhecimento humano.


O Espiritismo não é, nem poderia ser contra a adoração ao Criador do Universo, embora defina e conceitue essa adoração em termos bem diversos dos adotados por outras respeitáveis correntes religiosas.


Para a Doutrina dos Espíritos, a adoração consiste, em princípio, “na elevação do pensamento a Deus”.


Disseram, ainda, as Entidades Superiores, responsáveis pela Codificação, que “a adoração está na lei natural; pois resulta de um senti­mento inato no homem”.


Mas — reflitamos bem —, entre admitir, filosoficamente, como natural e justa, a adoração a Deus, e transformá-la em comportamento apático, formalista, convencional, do qual não participem a alma e o coração, e em virtude da qual se arrisque o homem ou a mulher a tornar-se inútil, à margem da dinâmica da vida, há, por certo, uma grande distância.


“A adoração verdadeira é do coração” —acentuaram os Espíritos, esclarecendo a Allan Kardec.


Adorar a Deus, em termos espíritas, significa amá-Lo com fervor e sinceridade; converter o próprio coração num santuário de compreensão e bondade; transformar a alma numa forja viva de ações práticas que resultem no bem e na felicidade do próximo.


A prática da caridade, que procede do mais profundo do ser, é o ato adorativo mais agradável a Deus.


Os Instrutores Espirituais, sem qualquer desapreço à adoração através da prece, costumam lembrar, com muita frequência, a “oração do trabalho” — isto é, o ato pelo qual o homem, pelo trabalho em favor do seu semelhante e que reverte, inevitavelmente, em seu próprio benefício, movimenta os seus recursos interiores, dinamizando a vida no sentido do esclarecimento e do progresso.


O que as Entidades Amigas desaconselham, sumariamente, sem o menor subterfúgio, é a vida simplesmente contemplativa.


Divergem elas dessa vida inoperante, extática, na qual foge a criatura humana das lutas redentoras, necessárias ao processo de despertamento e consolidação dos valores morais e espirituais.


Quando Allan Kardec perguntou se têm, perante Deus, algum mérito os que se consagram à vida contemplativa, responderam eles, taxativa e claramente:


“Não, porquanto, se é certo que não fazem o mal, também o é que não fazem o bem e são inúteis. Demais, não fazer o bem já é um mal. Deus quer que. o homem pense nele, mas não quer que só nele pense, pois que lhe impôs deveres a cumprir na Terra. Quem passa todo o tempo na meditação e na contemplação nada faz de meritório aos olhos de Deus, porque vive uma vida toda pessoal e inútil à Humanidade e Deus lhe pedirá contas do bem que não houver feito.”


É oportuno lembrar que a Doutrina Espírita tem mais de um século, eis que o seu primeiro livro, o básico, o filosófico, foi editado, precisa­mente, em 18 de Abril de 1857.


Essa questão, pois, de imprimir à religião um sentido dinâmico, uma feição operosa, não é nova para os Espíritas, os quais, de modo geral, aliam, às suas tarefas de interpretação evangélica ou doutrinária, serviços assistenciais que, na verdade, constituem legítimo ato de adoração a Deus pelo trabalho


As correntes religiosas que, na época presente, sentem o imperativo de participação nos problemas humanos, no que toca à solidariedade, simplesmente executam aquilo que a Codificação preconiza há mais de um século.


O que se procura fazer hoje, nos quadros religiosos alheios ao Espiritismo, com a finalidade de dinamizar igrejas e templos, constitui fato re­moto para a comunidade espírita-cristã.


É mensagem bem antiga, dos idos de 1857.


Os pioneiros da Doutrina no Brasil deram exemplo dessa fecunda atividade, onde o impositivo maior sempre foi o amor ao próximo, exemplificando, assim, a verdadeira adoração a Deus.


A medicação aos enfermos.


O passe magnético no recinto dos centros es­pintas ou nas visitas domiciliares.


As excursões a morros e favelas, conduzindo o pão e a roupa, o alívio e o reconforto, foram uma constante na vida dos que vanguardearam o movimento espírita na “Pátria do Evangelho”.


Asilos e orfanatos, hospitais e creches fala­ram ontem e falam hoje dessa compreensão que o Espiritismo transmitiu à mentalidade e à cons­ciência de seus adeptos, de que “Deus quer que o homem pense nele, mas não quer que só nele pense, pois que lhe impôs deveres a cumprir na Terra”.


A inclinação geral dos espiritistas, sempre sob o estímulo e a orientação dos Instrutores Espirituais, continua sendo no sentido de que a nossas instituições não sejam somente o templo que esclarece e consola, nos domínios da fé, mas também, escola, orfanato, hospital.


No livro “Missionários da Luz” (autor, André Luiz, médium Francisco Cândido Xavier, edição da FEB), Alexandre, respeitável Mensageiro Espiritual, informa que, no futuro da Humanidade, os templos materiais do Cristianismo estarão transformados em igrejas-escolas; igrejas-orfanatos, igrejas-hospitais, onde não somente o sacerdote da fé veicule a palavra de interpretação, mas onde a criança encontre arrimo e esclarecimento, o jovem a preparação necessária para as realizações dignas do caráter e do sentimento, o doente o remédio salutar, o ignorante a luz, o velho o amparo e a esperança. O Espiritismo evangélico é também o restaurador das antigas igrejas apostólicas, amorosas e trabalhadoras. Seus intérpretes fiéis serão auxiliares preciosos na transformação dos parlamentos teológicos em academias de espiritualidade, das catedrais de pedra em lares acolhedores de Jesus”.


A atualidade dos ensinos espíritas, no que concerne à adoração a Deus, assunto objeto deste artigo, é patente.


Não perderemos por esperar, a fim de verificarmos, inclusive no que toca a problemas científicos, que tudo quanto o Espiritismo pro­clamou no século XIX será comprovado e aceito no século XX por esta mesma Ciência que, ontem, preconceituosa e dogmática, tentava ironizar a Nova Revelação.


O Espiritismo não tem pressa em que lhe sejam reconhecidos os fundamentos, consciente, como está, de sua natureza divina.


Se a Doutrina Espírita teve opositores entre cientistas e religiosos, contou, por outro lado, com dezenas de homens ilustres, eminentes sábios que lhe estudaram as leis supranormais e proclamaram, alto e bom som, como exatos e verdadeiros, os seus princípios, através de pronunciamentos que marcaram época entre os legítimos valores culturais da velha Europa.


O Espiritismo continuará, pois, onde sempre esteve — altaneiro em sua humilde soberania.


Nós, os espiritistas, esperaremos que os homens de pensamento, penetrando nos vastos e imensuráveis oceanos da Codificação Kardequiana, se decidam, por eles próprios e pela evidência dos fatos, aceitarem-na, espontaneamente, numa atitude que os engrandeça e glorifique, ao invés de humilhá-los.


Aqueles que nunca duvidaram da Filosofia Espírita rejubilam-se, naturalmente, quando observam que, tal qual se verificou com relação ao Cristianismo, do qual “nem um til foi tirado ou nele posto”, também o Espiritismo, à medida que a Ciência avança e as Religiões evoluem, se afirma, no tempo e no espaço, por doutrina in­vulnerável em seus fundamentos e capaz de, sob o crivo da razão e da lógica, impor-se ao consenso universal.


É profundamente confortadora a observação de que, entre o Cristianismo de Jesus e o Espiritismo de Allan Kardec, seu Codificador, existe mais este admirável ponto de concordância: ambos desafiam o tempo e cumprem, junto ao espírito humano, sua redentora missão.


(Reformador de fevereiro de 1964)


Nenhum comentário:

Postar um comentário



Subir